terça-feira, 12 de julho de 2016

Deus os abandonou às paixões infames

Romanos 1. 26 : Por isso Deus os abandonou às paixões infames [...]
Esse pedaço de versículo é riquíssimo e podemos concluir várias coisas dele. O contexto dele é amplo demais. Paulo, aos romanos, descreve a sociedade da época, mas podemos comparar a sociedade da época a de hoje.
À primeira vista podemos ser levados a concluir o abandono de Deus como algo perverso. Como pode um pai abandonar seus filhos às paixões mais infames? Muitos não enxergam o "por isso" que está relacionado a toda gama de pecados que muitos na sociedade daquela época cometeram contra si mesmos. Claro que quando pecamos ferimos a santidade de Deus. No entanto, pecamos contra nós mesmos, contra a natureza espiritual que em nós habita e luta dia e noite contra nossa carne. Ferimos a santidade de Deus quando pecamos, mas as consequência são somente sobre nós.
O abandono aqui está intimamente relacionado ao livre arbítrio dado a cada um de nós (pois não somos robôs na mão de um Deus cujos comandos obedecemos). Quando somos entregues às paixões infames damos lugar às nossas más escolhas e elas, longe da vontade boa, perfeita e agradável de Deus, nos levam a cometer toda sorte de paixões que nos afastam da glória de Deus.
Veja o que diz Romanos 1. 24 e 25: Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Mais uma vez aparece o "por isso".
Quando leio reportagens acerca de mortes as mais diversas, de pastores (falsos pastores) que abusam sexualmente de crianças e adolescentes, de famílias destruídas devido às traições extraconjugais, dentre outros casos, eu simplesmente concluo o mesmo que Paulo em Romanos 1. 21 e 22: Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.
Loucos! Trocaram a glória do Deus invisível pelas suas próprias imagens. Deixaram de servir a Deus para servirem a si mesmos, cultuarem seus próprios corpos e satisfazerem toda sorte de desejos pecaminosos (incluindo aí a pedofilia).
Muitos não querem mais falar sobre pecados, pois o pecado afasta do ser humano o prazer que lhe é inerente. Aliás, felicidade hoje é ter prazer. Enfim, muitos criminosos deram lugar aos seus prazeres e cometeram crimes. Enfim, o próprio pecado tem se tornado parâmetro para nossas leis. Então, não há como riscar a palavra "pecado" de nosso discurso. Pois quando cometemos pecado, como a pedofilia, por exemplo, estamos cometendo um crime (o inverso também é verdadeiro).
E para finalizar, Paulo mais uma vez utiliza o verbo entregar.
E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm; Estando cheios de toda a iniquidade, fornicação, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; Néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; Os quais, conhecendo o juízo de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem. Romanos 1:28-32
Paz do Senhor!

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