sábado, 10 de fevereiro de 2018

Sinais indiscretos

Há cerca de 2000 anos, numa Sexta, uma turma desesperançada abandonou o Verbo que se fez carne. Pedro via de longe, foi reconhecido, mas o negou três vezes antes do galo cantar. 

Entre Sexta e Domingo os sinais talvez não fossem tão indiscretos para aqueles que seguiram aquele unigênito filho de Deus cheio de graça e verdade. Talvez não fizesse sentido que Aquele que esteve no princípio com Deus estivesse morto, afinal Ele é antes de todas as coisas. Mas o detalhe é que Ele é o Ômega e tudo que acontece entre o início e o fim é sinal indiscreto que o caminho não será fácil, mas terá um final seguro. Os sinais indiscretos apontam para um final glorioso. 

Maria Madalena, Maria, mão de Tiago, e Salomé, porém, não perderam de vista os sinais indiscretos e foram domingo de manhã ungir Jesus. Chegando no túmulo deram de cara com o primeiro sinal: a pedra estava removida. Ao entrarem no sepulcro avistaram e ouviram o segundo sinal: Por que buscais entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui, mas ressurgiu.

Quando O Filho ascende ele deixa outro sinal indiscreto. Os discípulos, tristes por não mais verem o Mestre, são confortados por uma mensagem: Da mesma forma que o vistes subir, ele vai voltar. Desde então, os sinais indiscretos nos mantêm na esperança de que "então veremos o Princípio e o Fim, a Eternidade sorrindo para nós". O seu Espírito enviado é a esperança de que "saudade nunca mais iremos sentir e que, enfim, nosso nome iremos descobrir".

Não sei como sua vida está. Talvez sem esperança. Talvez cansativa e depressiva. Se estiver assim, se atente para os sinais indiscretos. Vou repetir pra você se lembrar: a pedra foi removida; Ele não está mais no túmulo, pois ele ressurgiu; assim como Ele subiu, Ele vai voltar.


Em Cristo,
Valber Ricardo.

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