terça-feira, 19 de maio de 2015
21 anos depois de uma inserção no Ministério de louvor da igreja
Nesse meu tempão de inserção no ministério de louvor da minha igreja já passei por inúmeras fases musicais. A primeira em que cantávamos as musicas dos pioneiros do ministério de louvor do Brasil, entre os quais destaco Adhemar de Campos e Asafe Borba (descobri mais tarde que muitas músicas eram deles).
Em uma segunda fase cantamos muitas musicas do Daniel Souza (também descobri que era ele há alguns anos quando começamos a cantar Salvo pela graça do álbum Centralidade).
Na terceira fase começamos a cantar, como na maioria das igrejas, canções do Diante do Trono. Depois vieram Toque no Altar, Casa de Davi, Ludmila Ferber, dentre outros.
Na quarta fase começamos a cantar, como muitas igrejas, as músicas do Hillsong e do Michael W. Smith.
Numa quinta fase, mais maduro e mais crítico, optei por canções que trouxessem a Bíblia pra igreja. Voltamos a cantar Daniel Souza, Adhemar e a cantar musicas não por um estilo, mas pela acurada exposição da Bíblia. Nessa fase comecei a questionar qual o melhor tipo de música pra igreja. A resposta sempre é: Músicas que trazem pra igreja os principais fundamentos da fé e que sejam Cristocêntricas. Por isso, tem sido difícil definir um repertório novo.
Descobri hoje que o novo não é a música nova, o ritmo novo, mas a mensagem nova que Deus pode trazer à igreja por intermédio de canções que não sejam novas. Daí que Grande é o Senhor, Quebra as cadeias, Poder do teu amor, Agnus Dei, Corpo e Família, Águas Purificadoras, entre outras, ainda têm uma nova mensagem nova, a despeito de serem canções mais antigas. As novas canções também podem transmitir uma nova mensagem, mas devem respeito aos compositores antigos, desbravadores musicais, muitos deles simplesmente ministros e não profissionais da música ou artistas gospel. Urge hoje uma visão mais ministerial e menos artística. Mais Cristocêntrica e menos antropocêntrica. Mais bíblica e menos poética (pois a poesia que não é bíblica é mera elocubração humana).
Creio que precisamos de um avivamento na igreja que mude nossos ministérios de louvor.
Em Cristo, Valber Ricardo.
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Um ano depois da última postagem a cruz ainda continua me impactando!
Estou aqui no meu sofá transformando minha falta de sono em inspiração. Além do mais, estou aqui abrindo meu coração para o que Deus tem a falar comigo. Tem dias que a falta de sono na verdade é a forma que Deus usa para tê-lo um pouco mais. Estou aqui, ouvindo Forever da Kari Jobe, não sem antes ter ouvido The same Power do Hillsong London. As duas músicas têm em comum o fato de serem Cristocêntricas (a meu ver todas as músicas, as pregações e saudações deveriam estar centradas em Cristo). Uma introdução básica para dizer que ainda me surpreendo com a cruz. Não existe mensagem mais tocante pra mim do que a cruz.
Ao longo desses longos dias sem escrever aqui no meu blog eu estudei 3 livros que falam da cruz. Depois da leitura deles nunca mais olhei para a cruz como uma pessoa normal. Como diz Don Carson, a cruz é escândalo. Provoca escândalo o quanto a cruz carrega significados os mais diversos possíveis. Como pode alguém que não salva a si mesmo para salvar a todos? Escândalo!
Tenho alguns sonhos e às vezes me pego pensando neles, não sei se no corpo ou fora do corpo (desculpem-me pela analogia!). Um desses sonhos é entrar em uma máquina do tempo e me transportar até a cruz para colocar em prática a música do Jesus Adrián Romero "Deixa-me hoje beijar as feridas de tuas mãos e teus pés, as feridas que pecando provoquei". Todas as vezes que canto alguma música relacionada à cruz eu sinto um vazio enorme no meu coração, pois o que de fato queria fazer no momento era me transportar para o exato momento da cruz para adorar o Rei. Confesso que, por mais que meu louvor me leve pra perto de Jesus, a sensação que sinto é a de que estou longe demais para fazer o que de fato quero fazer: Beijar suas feridas que eu mesmo provoquei!
Que mensagem!
Fico pensando no poder da cruz. Não sei você, mas quando penso no poder da cruz eu sou ousado. A cruz teve o poder de mudar tudo. Mudou o passado, pois a cruz satisfez o desejo de justiça que havia em Deus desde o momento em que o diabo incitou Adão e Eva a pecarem. Cristo reatou a comunhão com o Pai. Mas também mudou o futuro, onde eu e você somos incluídos. Imaginem um evangelho sem cruz! Nossa pregação seria vã. Penso nessa mudança como um filme em minha mente. A sentença era certa! A condenação já estava selada. Porém, Ele riscou a cédula que nos era contrária, cravou-a na cruz e fez do nosso inimigo um objeto de escárnio.
Como pode algo tão vergonhoso ter sido utilizado como o símbolo máximo da vitória? A resposta é simples! Deus usa as coisas loucas desse mundo para confundir as sábias e as que não são pra confundir as que são. A cruz era a pior sentença para o pior criminoso. Não era o caso de Jesus! Pelo menos não foi crime ter se levantado contra a religiosidade judaica. Ou foi crime ter dado pães e peixes para os que o seguiam até o deserto para ouvirem sua mensagem? Ou ainda ter perdoado o pecado de muitos? Sem dúvidas estas coisas afetavam e muito à religiosidade da época, mas Ele não cometeu crime algum fazendo todas estas coisas. Cravaram-no em uma cruz! Criminoso!
Na verdade, tudo isto não foi mera obra do acaso. Isaias mesmo, cerca de 700 anos antes, já havia profetizado que Ele seria ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades. Disse também que seria castigado para nos trazer a paz. Ele não era criminoso, mas tornou-se um. Se ele não era criminoso, mas tornou-se um ao levar sobre Ele tudo de ruim que praticamos, a ficha de delitos foi extensa: roubo, homicídio, adultério, corrupção, estupro, abuso sexual, pedofilia, pornografia, mentira, sonegação de impostos, suborno, etc. Olha que ficha extensa. Está aí mais uma contradição da cruz: Aquele que não era criminoso tornou-se um para salvar os verdadeiros criminosos. Assim, a cruz era a pena de fato correta a ser aplicada! Escândalo! Ele fez isso pelo simples fato de nos amar primeiro.
A cruz mudou tudo!
Será que você poderia parar um minutinho aí e imaginar sua vida sem a cruz? Imaginou? Seria uma desgraça! Mas agora a graça está revelada por meio da cruz. Agora temos paz com Deus por meio de Cristo. Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.
Faço minhas as palavras de uma ministração linda que ouvi na canção "O pior do homem, o melhor de Deus": "A cruz é o centro da história, é o ponto de partida. Ela é vergonha, mas é glória. A cruz é morte, mas é vida".
Em Cristo,
Valber Ricardo.
14 Ago 2014.
Ao longo desses longos dias sem escrever aqui no meu blog eu estudei 3 livros que falam da cruz. Depois da leitura deles nunca mais olhei para a cruz como uma pessoa normal. Como diz Don Carson, a cruz é escândalo. Provoca escândalo o quanto a cruz carrega significados os mais diversos possíveis. Como pode alguém que não salva a si mesmo para salvar a todos? Escândalo!
Tenho alguns sonhos e às vezes me pego pensando neles, não sei se no corpo ou fora do corpo (desculpem-me pela analogia!). Um desses sonhos é entrar em uma máquina do tempo e me transportar até a cruz para colocar em prática a música do Jesus Adrián Romero "Deixa-me hoje beijar as feridas de tuas mãos e teus pés, as feridas que pecando provoquei". Todas as vezes que canto alguma música relacionada à cruz eu sinto um vazio enorme no meu coração, pois o que de fato queria fazer no momento era me transportar para o exato momento da cruz para adorar o Rei. Confesso que, por mais que meu louvor me leve pra perto de Jesus, a sensação que sinto é a de que estou longe demais para fazer o que de fato quero fazer: Beijar suas feridas que eu mesmo provoquei!
Que mensagem!
Fico pensando no poder da cruz. Não sei você, mas quando penso no poder da cruz eu sou ousado. A cruz teve o poder de mudar tudo. Mudou o passado, pois a cruz satisfez o desejo de justiça que havia em Deus desde o momento em que o diabo incitou Adão e Eva a pecarem. Cristo reatou a comunhão com o Pai. Mas também mudou o futuro, onde eu e você somos incluídos. Imaginem um evangelho sem cruz! Nossa pregação seria vã. Penso nessa mudança como um filme em minha mente. A sentença era certa! A condenação já estava selada. Porém, Ele riscou a cédula que nos era contrária, cravou-a na cruz e fez do nosso inimigo um objeto de escárnio.
Como pode algo tão vergonhoso ter sido utilizado como o símbolo máximo da vitória? A resposta é simples! Deus usa as coisas loucas desse mundo para confundir as sábias e as que não são pra confundir as que são. A cruz era a pior sentença para o pior criminoso. Não era o caso de Jesus! Pelo menos não foi crime ter se levantado contra a religiosidade judaica. Ou foi crime ter dado pães e peixes para os que o seguiam até o deserto para ouvirem sua mensagem? Ou ainda ter perdoado o pecado de muitos? Sem dúvidas estas coisas afetavam e muito à religiosidade da época, mas Ele não cometeu crime algum fazendo todas estas coisas. Cravaram-no em uma cruz! Criminoso!
Na verdade, tudo isto não foi mera obra do acaso. Isaias mesmo, cerca de 700 anos antes, já havia profetizado que Ele seria ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades. Disse também que seria castigado para nos trazer a paz. Ele não era criminoso, mas tornou-se um. Se ele não era criminoso, mas tornou-se um ao levar sobre Ele tudo de ruim que praticamos, a ficha de delitos foi extensa: roubo, homicídio, adultério, corrupção, estupro, abuso sexual, pedofilia, pornografia, mentira, sonegação de impostos, suborno, etc. Olha que ficha extensa. Está aí mais uma contradição da cruz: Aquele que não era criminoso tornou-se um para salvar os verdadeiros criminosos. Assim, a cruz era a pena de fato correta a ser aplicada! Escândalo! Ele fez isso pelo simples fato de nos amar primeiro.
A cruz mudou tudo!
Será que você poderia parar um minutinho aí e imaginar sua vida sem a cruz? Imaginou? Seria uma desgraça! Mas agora a graça está revelada por meio da cruz. Agora temos paz com Deus por meio de Cristo. Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.
Faço minhas as palavras de uma ministração linda que ouvi na canção "O pior do homem, o melhor de Deus": "A cruz é o centro da história, é o ponto de partida. Ela é vergonha, mas é glória. A cruz é morte, mas é vida".
Em Cristo,
Valber Ricardo.
14 Ago 2014.
sábado, 25 de maio de 2013
Por um avivamento genuíno, santo e contínuo para a Igreja
Uma juventude avivada pelo verão, mas extremamente esfriada pelos invernos. Movimento não é avivamento. Avivamento não é estação. Avivamento é estilo contínuo de vida para a Igreja. Por um avivamento genuíno, santo e contínuo para a Igreja. Avivamento com música, dança, teatro e 20 minutos de palavra não é avivamento. Avivamento com oração, leitura da palavra, arrependimento e confissão de pecados é avivamento e não atrai multidões.
O avivamento metodista de Jhon Wesley começou com menos de 30 pessoas orando. O avivamento em Jerusalém começou com 120 pessoas orando. Os cristãos moravianos oraram mais de 100 anos, 24 horas por dia. Percebe-se, então, que avivamento é, acima de tudo oração. Vamos promover, então, programações de oração, palavra, arrependimento, confissão de pecados e evangelização?
Algumas pessoas irão perguntar: E as atrações musicais, teatrais, "dançais", dentre outros "ais" (Imagine o Ai de Deus ao ouvir esses disparates!)? Todas estratégias para atrair o "mundo". Pois é mais fácil atrair o "mundo" com modismos, do que atrair as pessoas pelo testemunho de Cristo em nós para o mundo. Não tenho mais medo de ser taxado de retrógrado, atrasado, quadrado, antiquado, velho, etc. Prefiro ser jovem (Ops... tem horas que me esqueço de ter 31 anos) na presença do Senhor do que ser jovem com coração no mundo e dentro da Igreja.
Podem acusar-me de todas essas denominações anteriores e dizer que eu digo isso de fora. Ledo engano. Já fui um jovem que, como muitos hoje, aclamava por novas estratégias de "marketing gospel". Já detonei Pastores por serem, ao meu ver, retrógrados, atrasados, quadrados, antiquados e velhos. Hoje entendo que ser retrógrado, atrasado, quadrado, antiquado e velho significa exatamente ser saudoso do céu.
Por todas estas breves questões eu espero um avivamento genuíno, santo e contínuo para a Igreja do Brasil. E que esse avivamento reflita em um louvor e adoração genuínos, com letras que nos remetam à cruz, a Cristo e à salvação, com ritmos que nos levem a almejar o céu, com palavras que nos movam ao arrependimento e a confissão de pecados, e a viver nesse mundo como peregrinos.
Paz!
Valber Ricardo dos Santos.
Cariacica, ES, Brasil.
25 de Maio de 2013.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Os mais belos hinos e poesias!
Canções expressam a subjetividade dos seus autores. Elas, como ninguém, expressam de forma simples e profunda o que se passa em nossa alma. Para cada momento de sua vida há uma canção adequada. É maravilhoso o dom de compor. A música, a melodia, a poesia, os versos, as canções, vêm do céu. Eles foram criados com o simples propósito de adorar a Deus. Infelizmente a música, a melodia, a poesia, os versos e as canções da atualidade têm perdido esse contato com a Majestade e Soberania do Autor de todas as coisas, Deus. Mas nem sempre foi assim!
A história da Igreja caminha junto com a história da música. Martinho Lutero compôs e até hoje as Igrejas cantam Castelo Forte. Os assembleianos, presbiterianos e batistas, apesar das músicas contemporâneas, ainda têm reservado espaço em seus cultos para as canções do hinário e harpa cristã. Quem nunca viu um Batista, Presbiteriano ou Batista carregando, junto com sua Bíblia, um exemplar do Hinário ou Harpa Cristã? Isso já foi mais comum que hoje. No entanto, alguns não perderam o costume, principalmente os mais antigos.
Já tive Harpa! Hoje não tenho mais o costume de carregá-la. Minha geração, exceto alguns, não conhecem e nem querem conhecer o valor das canções do Hinário ou Harpa Cristã. Quantas vezes eu vi pessoas torcendo o nariz, fazendo caras e bocas quando da exaltação, pelos mais antigos, das canções antigas. Recentemente eu postei um artigo em meu blog entitulado "Ouçam as palavras antigas". De uma certa forma, quando desdenhamos os hinos mais antigos, estamos desdenhando os conselhos dos Cristãos que vieram antes de nós. As canções de hoje desprezaram, quase que totalmente, as palavras antigas.
Eu não admirava as canções da Harpa Cristã. Detestava quando o antigo Pastor da minha Igreja exaltava as canções da harpa. Achava que minha Igreja reservava mais espaço para as músicas da Harpa do que para as músicas que cantávamos durante o "período" de louvor. Não me lembro quando comecei a admirar as canções da Harpa. Só sei que quando percebi a grandeza das canções escritas pelos autores antigos já era tarde demais. Me tornei um amante dos belos hinos e poesias. Minhas tribulações são permeadas pelos hinos escritos em tribulação.
Hoje entendo que os mais antigos amavam as suas canções, pois cantá-las em suas reuniões e cultos era uma forma de fazer com que estivessem mais próximos à Grandeza e Majestade de Deus. Mas as pessoas da minha geração não entendem isto. Preferem canções que mantêm Deus em seu trono, abençoando, fazendo chover, mandando fogo, quando na verdade, a maioria das canções ansiavam por um Deus que não vê a hora de nos ter perto, um Deus que quer buscar a sua Igreja, um Deus que quer salvar, perdoar pecadas. Um Deus que quer sarar as nossas enfermidades. Um Deus que quer estar conosco todos os dias até a consumação dos séculos.
O autor já dizia que "os mais belos hinos e poesias foram escritos em tribulação". Concordo com Ele! E concordo porque vivi isto. Há uma canção que nunca cantei, ensaiei ou gravei. Não tem título, mas tem uma história. Deus me deu essa canção quando da morte de um Irmão querido de nossa Igreja. Lembro-me que no Culto fúnebre em minha Igreja sentia Deus perto de mim. Meu corpo sentia a Majestade e a Grandeza de um Deus que não deixa seus filhos, que envia consolo aos desesperados, que, mesmo diante da morte, nos traz a certeza da Vida Eterna. Aquele grande dia está em minha memória. Deus me deu esta canção.
Anjos, Querubins e Serafins o adoram diante do trono.
Anjos, Querubins e Serafins o adoram diante do trono.
O Céu é o meu Lar, o Céu é o meu Lar.
É pra Lá que vou, com Meu Deus habitar!
É pra Lá que vou, Face à Face O adorar!
Cantei aquela canção. Lembro-me que chorei muito. Senti naquele momento uma confirmação do Senhor de que os mais belos hinos e poesias foram escritos em tribulação.
A maioria das pessoas só vai entender as canções antigas quando querer o céu, ansiar ver a "Face Adorada de Jesus", quando quiser se tornar "Alvo mais que a neve". A maioria das canções antigas nos remetem a uma vida que não se vive aqui, pois "Aqui só tem tristeza". Uma das canções que mais admiro é o hino de número 36 de Justus Nelson, pois a sua linguagem figurativa é riquíssima de simbolismo e significado para a vida cristã. Que letra maravilhosa.
O Exilado
Justus H. Nelson
Da Linda Pátria estou bem longe,
Cansado estou.
Eu tenho de Jesus saudade,
Oh, quando é que eu vou?
Passarinhos, belas flores
Querem m'encantar.
São vãos terrestres esplendores,
Mas contemplo o meu lar.
Hoje não se vive, exceto alguns, como se Cristo fosse voltar agora, num abrir e fechar de olhos. Vive-se como se Cristo nem fosse mais voltar. O grande perigo para a Igreja contemporânea é acreditar que não é mais uma Exilada nesse mundo. Vivemos hoje como se fossemos parte desse mundo, quando na verdade Cristo, ao orar pouco tempo antes de ser pego pelos romanos, diz ao Pai a seguinte canção: "Não são do mundo, como Eu do mundo não sou " (João 17.16).
Não recrimino as canções de hoje, mas acho que elas têm exaltado mais o nosso eu em detrimento de Deus. Canções e Levitas que pedem fogo, mas não deixam Cristo queimar. Pedem chuva, mas não deixam o Espírito Santo operar. Pedem um Deus de fidelidade e justiça, mas se esqueceram que Ele é Fiel e Justo para nos perdoar de todos os nossos pecados.
Uma Igreja que se esquece dos grandes feitos é uma Igreja que sequer terá história para contar e se vangloriar. As canções antigas dos hinários e harpas remetem às escrituras. As Palavras antigas foram preservadas ao longo de nossa caminhada pelo mundo. São Palavras que ressoam do coração do próprio Deus.
Que Deus coloque em nossos corações mais amor e paixão pelas canções dos hinários e harpas. E que Deus também nos mova a compor belos hinos e poesias que saem do coração Dele, pra Ele e por Ele.
Em Cristo Jesus Nosso Senhor,
Valber Ricardo.
Vitória, 20 de Abril de 2012.
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Um desabafo, somente.
Me desculpem os que aderem às Campanhas do tipo "3 dias de glória para 1 ano de vitória" o que vou afirmar aqui. Não me chamem que eu não vou, nem dêem cartazes para colar na Igreja que eu congrego que eu não compactuo. E também não me convidem para Mega, Ultra ou Super Vigilião (que no aumentativo é Grande Vigília! Detesto erro de português grotesco) que também não vou e nem organizo o grupo de jovens da minha Igreja, do qual sou líder, para ir.
Tenho meus motivos!
1º) Não existe uma relação de causa e efeito entre dias de glória e ano de vitória. Pelo que me parece a glória de Deus é derramada quando Ele se agrada de nosso sacrifício. Posso ter muitos dias de glória, porém passar muitas lutas financeiras, emocionais, no trabalho no prazo de 1 ano. Tive vários dias de glória e esse ano, mas isso não me impediu de ter perdido algumas vezes. Sou mais que vencedor apesar disso. E essa fórmula tenha dias de glória e 1 ano de vitória não existe! não tem qualquer embasamento bíblico. Resumindo, não me chamem!
2º) Também não me chamem para determinadas vigílias. Não gosto delas! Não me edificam! Antigamente as Vigílias eram maravilhosas. Os irmãos oravam, davam suas saudações, o Espírito Santo operava com maravilhas, sinais e milagres e não poucas pessoas eram realmente batizadas com o Espírito Santo. Hoje esses mega eventos se tornaram palcos, onde cantores querem se apresentar mais pela projeção do que pela adoração, e pregadores se apresentam, tendo em vista os seus cachês (existem as exceções que pregam uma vez e depois nunca mais. Verdade dói e não atrai pessoas). Não me chamem também!
3º) Não convido os renomados da atualidade para pregar em congressos que coordeno, pois a maioria fala o que as pessoas querem ouvir e o que eles querem dizer. Convido aqueles que dizem a verdade. Ei, exortação também traz glória. Ano passado, no congresso de jovens do campo, determinado Pastor que pregou disse: "Não me convidam mais, pois digo a verdade!". Esse Pastor sempre prega em nossos congressos. Ele não cobra cachê, mas sempre Deus nos dá condições de semear no seu ministério. E Ele se sente sempre constrangido em receber. Sabe Por quê? Por que ele trabalha. Prega pela liberalidade em seu ministério. De graça recebeis, de graça dai.
4º) Amigos pregadores, não se vendam! Digam a verdade! Preguem e ministrem a verdade
Às vezes me sinto mal porque minha Igreja, minha juventude e o campo onde reúno não participa desse circuito de eventos mega, super, campanhas. Me sinto mal porque nossos líderes e pregadores não estão nos palcos das campanhas, vigílias, etc. Mas me regozijo todas as vezes que amigos meus, que não estão nos cartazes como conferencistas, pastores e evangelistas, pregam a verdade e isso resulta em glória para a Igreja. Cristo me leva a sua santa presença e me faz entender o real significado da vida, que não é viver somente 3 dias de glória, mas uma vida inteira de plenitude em sua presença. Me ensina também que posso ter uma vida inteira ao lado dele e que isso é melhor que os palcos, afinal de contas "é necessário que Ele cresça e que eu diminua".
Desculpem meu desabafo!
Paz de Cristo!
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Minha Igreja!
Às igrejas grandes e supostamente avivadas de nossos dias um recado: Não
invejo as suas programações, os seus cultos, os seus membros (muitos
empresários, pos sinal), o seu louvor, as suas loucuras por Jesus,
dentre outras coisas. Sou da Igreja em que ninguém é conhecido, o louvor
não é profissional, o pastor não é escritor de livros, o líder de
louvor não é estrela, a esposa do Pastor também não é
escritora de livros. Minha Igreja não tem grandes vultos, nem está
localizada na região mais nobre e mais valorizada. Na minha Igreja não
tem a quinta, quarta ou madrugada dos loucos por Jesus. Minha Igreja não
tem as patricinhas e os mauricinhos de Cristo e nem pista de skate e
dança ou praticantes de esportes radicais. Minha Igreja também não tem o
culto da prosperidade, etc.... ou qualquer outro modismo.
Minha Igreja
não tem grandes pregadores ou é visitada por grandes pregadores e
cantores da atualidade. Minha Igreja, apesar de todos os problemas, só
quer algumas coisas. Eu listo! minha Igreja quer acima de tudo ir para o
céu. Minha Igreja quer formar pregadores e cantores. "santo" de casa
faz milagre sim... os nossos cantam e pregam. Minha Igreja quer mais
essência que aparência (e ainda dizem que o marxismo não pode ser usado
para o evangelho).
Minha Igreja não quer de doutrinar, fazer você se
tornar um robô das modas, das prosperidades, das confissões positivas,
das pistas, das danças de cueca nos altares. Minha Igreja não quer ser
mundo e nem quer o mundo dentro dela. Quer ser dela? Simplesmente tome a
sua cruz e siga a Cristo. Muito mais que seguir, Minha Igreja quer ser
como Cristo. Quer saber a denominação? Não tem! Minha Igreja é
universal! Muitos são dela, mas muitos não são.
Nossa missão? Ser luz,
ser sal, salvar a todos, tirando-os do inferno. Nossa doutrina?
Cristocêntrica! Não apóstolocêntrica, bispocêntrica, prósperocêntrica,
ou outras coisas mais. Minha Igreja! não é aquela que é nem fria nem
quente. Minha Igreja não quer ser o vômito! Minha Igreja não está em
cima do muro, nem nossos membros. Minha Igreja já tomou uma decisão. Ela
se posiciona contra o mundo. Não dialoga com ele (nem eu vou dialogar).
Minha Igreja é aquela que tem a mentezinha, dos fanáticos que carregam a
rapadura em baixo dos braços, dos atrasados, retrógrados. Nossas músicas
não são demonstrações culturais e nem precisam ser para serem
respeitas. Nossoas músicas não são cultura, mas sim Adoração ao dono de
toda a essência musical. Muito mais que ritmos, elas são adoração. Há...
minha igreja é chata, para aqueles que não gostam de ouvir falar da
cruz de Cristo, da sua ressureição, do céu, da confissão de pecados, do
arrependimento, do batismo com o Espírito Santo, do compromisso sério,
do sexo depois do casamento. Minha Igreja também não tem uma geração de
apaixonadas, mas tem uma geração que ama a Cristo a ponto de nunca
trocá-lo pelas paixões.
Minha Igreja... simplesmente minha! Pode ser a sua também.
Minha Igreja... simplesmente minha! Pode ser a sua também.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Palavras para edificação
Olá! Boa Tarde amigos! Ao longo dessa semana eu percebi o quanto é precioso usar as redes sociais para edificação de vidas. Inclusive a minha vida tem sido edificada por algumas postagens de amigos. Peço a Deus que continue usando cada servo seu para edificação de vidas. Que possamos adorar a Deus através das nossas palavras. Que toda a sorte de poder esteja na palavra dos servos de Cristo de modo que as pessoas possam ressignificar o sentido e o propósito de suas vidas.
Minha intenção agora é reproduzir meus posts, pois, refletindo em tudo o que Deus ministrou em meu coração, pude ver que há uma ordem em tudo o que escrevi/disse aos amigos de facebook.
Que todas as palavras aqui colocadas possam ser como uma etapa em sua vida. Leiam até o final, porque Deus tem algo a dizer em sua vida.
Terça, 11 de Outubro de 2011.
No final das contas todos saberão que a nossa loucura era a mais pura sabedoria. No final de tudo muitos se lembrarão de terem ouvido e não crido. No final de tudo muitos quererão um novo começo. Mas nada adiantará. Será o fim! Enquanto não estamos no final de todas as coisas lembre-se: a qualquer momento a Igreja de Cristo será arrebatada!
Quinta, 13 de Outubro de 2011.
Estava pensando que redefinir o lugar de Cristo em nossa vida seria a melhor saída para resolvermos todas as confusões de nossa mente. Será que o melhor seria Jesus ser o centro, somente? Ele tem que ser tudo! Que Ele ocupe todo o espaço e não somente o centro. Que todas as nossas obras e vontades revelem Jesus Cristo de forma integral sem que vejam nada de nós.
Sexta, 14 de Outubro de 2011.
Ainda acredito que para influenciar o mundo eu não preciso estar nele, nem ele em mim. Acredito que a minha influência parte de mim para o mundo. Levar meu caráter ao mundo significa o mundo vê-lo em mim. Levar minhas posições não significa muitas vezes dizê-las, mas demonstrá-las através do meu caráter. Para ser aceito eu não preciso me adequar aos dogmas e conceitos contrários aos que eu acredito. Até mesmo porque o meu universo não é aceito pelo mundo em que vivo. Isso não quer dizer que eu vá me conformar. Muito pelo contrário. Em Romanos 12 Cristo, usando as sábias palavras de Paulo, diz que eu não posso me conformar com esse século/mundo, mas transformá-lo pela renovação da minha mente. Se minha mente renovada é de Cristo, logo quero que todos sejam de Cristo. Influenciar as pessoas, então, é querer que todas elas sejam de Cristo.
Três postagens cuja integralidade remete a Cristo. Primeiro, nada mais real e certo que a sua volta. Não consigo enxergar o dia de amanhã, mas enxergo Cristo voltando. Acredito na palavra Daquele que morreu e ressuscitou por mim. Loucura, não é? Loucura sábia. Segundo, Deus ardeu em meu coração sobre Ele não ser mais o centro de nossas vidas, mas sim o Todo. O principio o meio e o fim (finalidade também) da minha vontade tem que ser Deus, pois, do contrário, minha vontade não refletirá a vontade de Deus. Que você seja usado até que não achem mais a sua vontade, mas o próprio Cristo em você. Terceiro, a importância de termos o caráter de Cristo (Gl 5.22) em nossas vidas. Viver nesse mundo e não ter o caráter de Cristo significa ser influenciado pelos modismos, dos quais destaco o discurso do “nada a ver”, heresias, falsas profecias, pelo inimigo de nossas almas, cujo espírito está no mundo.
Finalmente, quero falar a pessoas que perderam. Perderam a comunhão com Cristo. Perderam entes queridos. Perderam emprego. Perderam amizades. Perderam sua integridade. Perderam suas casas. Perderam seus filhos para as drogas, prostituição, lascívia, etc.
Quero dizer à você de alguém que perdeu a vida. Maria, Maria Madalena, João, Pedro, Mateus, dentre outros discípulos, experimentaram o mesmo sentimento de perda. Eu já experimentei. O que resta é o luto por uma perda. Lamentações. Parece que estamos como Jeremias em Jerusalém destruídas pelos caldeus. Lamentando-se sobre as cinzas dos escombros da cidade. Sexta-feira de morte.
Sábado de luto. Lembro-me que em meu Sábado de luto eu dormi das 13h às 17h. Parece que havia um peso nas costas. Imaginem os amigos de Jesus no Sábado do descanso tomando café sem o Mestre. Aquele que uma vez Pedro disse: “Só Tu tens as palavras de vida eterna”! Pois é, alguns deles talvez não cressem mais no que Ele disse aos doutores: “Eu derribarei esse templo e o reconstruirei em três dias!”. Ou seja, estava falando acerca da sua ressurreição. Por um lapso podem não ter crido nas palavras de vida eterna. Luto!
Domingo. Duas mulheres vão ao sepulcro de Cristo para ungir o seu corpo (Mc 16.1). A pedra, porém estava removida e Cristo havia ressuscitado. Ressurreição! A alegria volta! A esperança volta! Cristo volta! A dívida contrária a nós foi paga. O Sacrifício perfeito foi feito. Vitória!
É assim a nossa vida. Temos muitas sextas de morte. Muitos sábados de luto. Mas Deus já tem reservado para nós Domingos de Ressurreição.
Tenha um ótimo final de semana!
Valber Ricardo dos Santos.
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